Thursday, August 25, 2005

Oi pessoas! Sei lá quanto tempo depois, por pura preguiça (sim, meu lado Darris não é tão bom pra encher o meu saco se a história não for dele), eis q apareço de novo pra colocar mais um pouco da treta dos soldados de Melk com o time de Arcanos de Ahl-Tur.

Desejem sorte a eles. E amplexos do Louco ^^


(...)

_ Foi você, não? Você matou Esh.
_ Se dissesse que não – Castro deu um sorriso com o canto da boca – faria alguma diferença?
Kayla não gostou daquilo. Que espécie de humano era aquela, capaz de destruir um Arcano e rir diante da morte? Ela não entendia, e não gostava daquilo. Era apenas uma criança na época do exílio de sua raça, mas lembrava-se do temor nos olhos dos humanos... e aquilo que via estava errado.
Seus olhos escureceram-se, enquanto ela trazia adiante a mesma aura de medo que Ahl-Tur utilizara em sua primeira visita em Melk. Aquilo traria a ordem das coisas, como deveriam ser...
E ela sentiu um terrível refluxo, enquanto relâmpagos escuros cobriram toda a extensão de seu corpo e Kayla caiu ao solo, gritando e deixando suas duas lâminas caírem. Castro, embora não entendesse, saltou adiante e ergueu a maça. Honrado ou não, nas circunstâncias...
Uma explosão alta à sua direita o jogou longe, enquanto via vários dos seus atirados em todas as direções possíveis, como palha numa tempestade. Com a consciência do soldado em batalha, Castro ergueu os olhos na direção da oponente, e viu o outro pousar próximo a ela, tocando sua cabeça gentilmente.
_ Isso foi tolice, criança. – Sir-Ydian disse, ajudando Kayla a se reerguer – Depois do que aconteceu com o jovem Tark, você deveria saber melhor. Nosso poder está restrito; não podemos conjurar influências de espírito dentro desta barreira. Já nos esforçamos demais apenas para chegar até aqui. E quanto a você, guerreiro...
Voltou-se na direção de Castro, que procurou ficar de pé. Seus músculos reclamavam das agressões e do cansaço; um pouco de repouso iria bem.
“Vou poder descansar bastante daqui a pouco, se não me cuidar”. E viu o rosto idoso se abrir num sorriso, ainda que com dentes serrilhados.
_ Não parece muito correto atacar uma fêmea, ainda mais quando caída, não acha? Ou um idoso, quando parece desatento.
Sem qualquer cerimônia, Ydian voltou-se e talhou com sua espada, abatendo dois lanceiros que se aproximavam por trás dele.
Num movimento veloz, o Arcano embainhou a lâmina e abriu seus braços para lançar o que pareciam duas explosões pesadas de pólvora à esquerda e direita. Desconcertara os soldados, abatera muitos deles, mas os guerreiros de Melk eram experientes o bastante para não investirem apenas numa massa concentrada contra inimigos que tinham tal tipo de ataque, e vários deles também vinham pelas passarelas das muralhas, ou disparavam flechas à distância.
Ydian agitou seu braço para direita, um longo chicote de magia surgindo do nada para atingir os soldados naquela direção. Mas o grupo da esquerda teve a chance de arremessar lanças, ou saltar sobre cabos como Castro fizera.
Ydian curvou seus dedos da mão esquerda para dentro, e então voltou-se para aquela direção. Foi como se um vento de luz atingisse os soldados atacantes e as armas arremessadas, afastando-os do Arcano para todas as direções, com violência...
E uma lança atravessou seu peito de um lado a outro, inalterada. Fosse por ter descido na ‘sombra’ de um dos soldados que atacava, ou porque a magia de Sir-Ydian também fora afetada pela barreira, não importava, quando o velho Arcano tombou sobre um joelho, parecendo estupefato. E os arqueiros fizeram mira.
_ Esperem!
Castro estava de pé, escudo em posição e a maça pendendo da mão direita. O velho Arcano pôs-se de pé com dificuldade, parecendo muito cansado, mas quebrando a haste de lança em seu peito e tornando a desembainhar a espada, enquanto o sargento respondia:
_ Essa é sua resposta. Também não parece correto que simples soldados precisem enfrentar esse tipo de magia. Ou força, ou agilidade. Mas... acho que agora, com essa lança no peito, nossas condições devem estar iguais.
Ydian tornou a sorrir, ainda que em dores. E Castro deu um passo para o lado, no que foi imitado pelo outro. Era engraçado, mas aquilo parecia... correto. E viu a garota erguer-se, tornando a enfrentar os soldados do pátio externo. Bom.
“Os do lado de dentro devem estar avisados, agora. Espero que peguem o que restou”.
E foi o último pensamento que teve fora da disputa, antes de começar a enfrentar Sir-Ydian.

Saturday, August 13, 2005

Olá, blogueiros e blogueiras! ^^ Oi gente q lê! Oi, gente q só olha!! Oi pra todo mundo!! Lamento, devo passar depressa aqui hoje. Sabe, tô escrevendo mais alguma coisa (e, não, não é meu suplemento mensal do 'Xenogears'. *suspiro* eu realmente devia aprender a terminar uma coisa antes de começar outra), e receio não ter tempo de ficar muito. Ah, bem, mas deixo vcs com mais um 'tostão' do combate entre os soldados de Melk e os Arcanos. ~_^ Forte amplexo autoral!!


(...)


Ahl-Tur, Sir-Ydian e Kayla voltaram-se ao mesmo tempo para a mesma direção, embora apenas o mais velho pudesse ver exatamente o momento em que o jovem Tark-Esh fora destruído. Os três ficaram estupefatos a ponto de baixarem suas guardas por um instante, deixando de atacar. Eram Arcanos, seres tanto físicos quanto de espírito! O fato de seus corpos materiais serem feridos, seriamente danificados ou até destruídos não queria dizer necessariamente uma morte, salvo alguma circunstância incomum. Mas, ali, que tipo de força os soldados de Melk teriam para abater um deles? E Ahl-Tur foi o primeiro a compreender o que acontecera.
“Christabel...!”
A barreira da Rainha perdurava sobre todo o território interior da fortaleza. Arcanos eram poderosos o suficiente para invadir a proteção que normalmente bania criaturas... mas não eram imunes a ela.
“A ressonância da barreira interfere com nossos seres, e nossa existência espiritual fica restrita ao corpo físico. Aqui dentro, somos tão vulneráveis a ferimentos quanto os humanos. Não... Nossa resistência ainda é maior, mas... Se nosso corpo físico sofrer dano mortal...!”
Tur lembrou-se de sua luta anterior com a Rainha; Christabel destruíra totalmente seu corpo físico. Se a barreira já tivesse sido ativada então, mesmo ele teria perecido.
E seguiu adiante. Alertara os três para não subestimarem os humanos de Melk, e Esh fora tolo o bastante para ignorar o aviso. Pagara o preço justo, então. A única coisa que interessava era cumprir sua missão, eliminando a influência da Rainha na fortaleza.
“Mas talvez, devesse ter trazido mais de nós. Bem, agora não adianta me lamentar. Não foi uma grande perda, seja como for. Que sirva de aviso aos outros para lutarem a sério.”
A batalha ficou mais acirrada no piso principal de Melk, então. Kayla do pátio interno, Sir-Ydian no externo, e os soldados viram suas dificuldades aumentarem. Castro, junto aos colegas na muralha leste, cuspiu um pouco de sangue e olhou para a batalha. Lucas, seu colega, aproximou-se dele com alívio e preocupação.
_ Castro...! Sargento, você está bem? Que loucura foi aquela, pular na criatura daquele...
_ Não aborreça, garoto, que nossos problemas estão longe de terminar – Castro retrucou, olhando para algum ponto além de onde estava a criatura com a espada.
_ Do quê está falando?
_ A Rainha teve dificuldades para destruir um desses monstros, e teve que utilizar magia forte pra isso. Não acho que pudéssemos matar um deles por meios normais. Nem antes, nem agora.
Os demais soldados se aglomeraram ao redor de Castro, que acenou para a muralha leste e ordenou:
_ Lucas, faça o maior número possível dos nossos abandonar a fortaleza. É questão de tempo o quanto podemos mantê-los aqui. Os demais, é preciso manter o Amplificador do Mestre Zero funcionando tanto quanto for possível.
_ Do quê está...?
_ Qual o primeiro objetivo de qualquer soldado em ataque? – Castro cortou bruscamente – Minar a principal força do inimigo. Aquele ali, e a garota, eles estão apenas nos mantendo ocupados. Eram quatro quando chegaram; abatemos um, e há dois no pátio. O que houve com o quarto deles?
A compreensão caiu sobre eles depressa, e Castro acenou afirmativamente com a cabeça.
_ Eles invadiram, apesar da proteção da barreira. Mas só eles puderam. Se desativarem a barreira, no entanto, vai ser o verdadeiro inferno. Mexam-se, e parem de ficar me olhando!
E ciente de que ação é melhor conseguida com exemplos, Castro ergueu o escudo novamente e correu na direção da Torre da Rainha, próxima à entrada do túnel do galpão. Era virtualmente impossível vencer aqueles seres, ele sabia... mas ainda era o mal menor. Se todos os soldados reunidos estavam tendo dificuldades apenas com o trio, se a barreira fosse destruída...
Um brilho em sua visão periférica, e Castro lançou-se ao chão, brandindo a maça por reflexo à direita, de onde vinha o ataque.
Sentiu um impacto leve, e um som de algo pesado atingindo o solo enquanto ele rolava. A bola de ferro fora cortada, perdendo um terço de si mesma. E enquanto rolou, ele viu a lâmina retornar às mãos de quem a arremessara.
A garota entre as criaturas estava flutuando lentamente na direção dele, os cabelos esvoaçando como se tentassem flutuar também.
E ele tornou a erguer o escudo. Dera muita sorte da outra vez, mas soldados de Melk aprendiam desde cedo que ela era uma dama muito caprichosa.

Monday, August 08, 2005

Oi pessoas! Saudações do Louco! ^^

Então, combatendo a preguiça (na verdade, devia ir baixar lá no Writer's House tbm... mas isso aqui tá um marasmo meio marasmento, e receio q não vá falar de nada muito relevante por enquanto. Foi mals, amigo Akira. Pretendo remediar a situação até o fim da semana. Stay tuned!), seguimos com a história. Se bem me lembro, abandonei todos vcs (meus invisíveis leitores) no momento em q Altura e seus comandados iniciaram uma invasão à Fortaleza de Melk. Rezem pelos soldados; eles tão aceitando toda a ajuda bem intencionada q puderem ter.

forte amplexo do Louco


(...)

Tark-Esh estava rindo alto, vendo boa parte dos soldados entre os fugitivos se voltarem para ele numa tentativa de atacar. Então era verdade; mesmo ratos partiam para a luta quando acuados. Divertido, mas não fazia qualquer diferença para ele, que estendeu suas mãos para frente e para o alto, flechas de fogo partindo das pontas de seus dedos da esquerda para a direita enquanto eles se protegiam atrás de escudos, desviavam ou, mais freqüentemente, eram abatidos onde estavam.
“Fácil demais. É melhor terminar logo com isso; talvez consiga um pouco mais de ação derrubando a muralha oeste deles...”
Castro desceu de onde estava, saltando do parapeito e agarrando-se a um dos cabos que mantinha as luminárias suspensas sobre o pátio externo. Partido, o cabo o fez descer na direção do Arcano e por trás dele. Marco costumava dizer que, por menos honrado que fosse, um ataque pelas costas era uma boa opção quando enfrentando um inimigo muito superior.
Ainda tinha isso em mente ao pousar nas costas de Tark-Esh com seus dois pés, mandando o Arcano de rosto ao chão. Dada a alta resistência das criaturas, ele não devia estar realmente ferido, mas o soldado fazia votos para que tivesse sido doloroso, em nome de seus colegas em chamas. E cobriu-se com o escudo e soltou a maça com corrente ao ver o outro levantar-se, olhando para ele com fúria.
_ Tem tanta pressa por morrer, humano, para me atacar sozinho? – os olhos de Esh brilharam com uma chama vermelha, como se prenunciassem um inferno de fogo.
_ Isso mesmo, use seus poderes, demônio – Castro retrucou com voz mais calma do que realmente estava, erguendo um pouco o escudo para proteger melhor o rosto.
Esh deteve-se. Realmente, pretendia fazer aquele humano atrevido explodir em chamas ali mesmo, tornando-o em cinzas. Mas o tom como aquilo fora dito parecia uma provocação.
_ Que ardil é esse...? Está sugerindo que não sou capaz de destruí-lo sem magia?
_ Ora, viva! – Castro sorriu com desprezo, baixando um pouco seu escudo – E dizem que não são inteligentes! Você até que não é dos piores.
_ Como se atreve?! – as duas garras de Esh vieram adiante, caindo sobre o escudo de Castro pesadamente – Vou dilacerar sua carne, e beber o seu sangue!
Castro não retrucou, meramente brandindo a maça. Conseguira o que queria, e dera mais algum tempo ao pessoal na muralha leste para que se organizassem. Agora, só precisava manter aquele demônio ocupado pelo tempo que pudesse.
“Três segundos no máximo...!”
A velocidade e força de Tark-Esh eram muito superiores às de um humano, e Castro se viu recuando mais e mais enquanto agitava o escudo à esquerda para repelir ataques ali, a cada vez sentindo que sua proteção não tardaria a ceder, sendo lascada a cada golpe.
Rolou no chão para trás a um ataque pela direita e ergueu a maça, perdendo a cabeça de Esh por centímetros.
E o Arcano chutou. A posição ruim de ambos fez com que ele não conseguisse mais do que empurrar Castro para trás pelo ombro esquerdo, que o soldado sentiu como se tivesse sido deslocado enquanto tombava de costas no piso barrento. E não pudera levantar-se antes que Tark-Esh já estivesse sobre ele, uma sombra na escuridão cujas garras brilhavam com magia.
_ Foi razoavelmente divertido, humano. Mas chegou a hora de ir.
Várias flechas, talvez vinte delas, atingiram o Arcano pelas costas então, e a magia desapareceu de suas garras enquanto sua expressão foi de dor e surpresa. Não esperava o ataque, claro, mas também não esperava por aquela dor toda.
“C-como... é possível...?”
Tark-Esh tombou, caindo sobre o joelho com dificuldades para respirar. Arcanos não morriam tão facilmente... Sequer deviam ser feridos tão facilmente! O que estava lhe acontecendo...?
_ Ei demônio!
Ele ergueu seus olhos, e viu Castro levantar-se depressa, a bola de aço da maça subindo de repente e atingindo-o diretamente no rosto, tombando-o outra vez para trás, nariz quebrado e quase inconsciente, alguns dos dentes soltos, outros quebrados. Estava sendo derrotado por humanos...!
“O q-que está acontecendo...?”
Não haveria resposta para sua pergunta.