Saturday, April 16, 2005

Olá galera blogueira! Vagau ou não, voltei! ^^ Sim, há um confronto a terminar, mas além de problemas técnicos, eu estava imitando o Jaiminho. 'É q eu quis evitar a fadiga'...

Mas, estamos de volta e com força total nessa navegação! Vamos a todo o pano, e coloquemos continuidade no confronto entre Christie e seus amigos contra o lagarto de múltipla personalidade...

(...)


O lagarto elétrico atravessou a forma de Sari com sua espada, antes de perceber que a moça esbelta se desvanecera em névoa branca no momento em que a atingiria. Fora rápido, só o tempo suficiente para que o atacante passasse por ela, e Sari tornou-se sólida novamente, girando o corpo e talhando as costas do lagarto com um Corte de Lua Crescente.
O réptil elétrico gritou alto. Sua barreira elétrica se ativara, pudera sentir; a humana conseguira corta-lo, mas devia estar atordoada do choque, talvez já semimorta. Ele voltou-se, a espada descendo num giro para atingir a cabeça da moça, mas Sari o bloqueou com sua própria lâmina.
O corpo elétrico de Sáurio sorriu, e liberou eletricidade para que a caçadora fosse incinerada pela voltagem. Sari apertou os olhos, sentindo a dor do choque... mas ela não era totalmente humana, e sua resistência era maior a ataques de energia, dando-lhe tempo para chutar para cima, atingindo o peito do monstro e rompendo o contato, mandando-o arfante para trás.
E enquanto isso...
A ponta da espada do dragão fincou-se no solo, enquanto Daniel girou para o lado da forma que pôde, batendo as mãos no solo e se pondo de pé diante do rival. A versão dragão de Sáurio soltou a arma do solo e girou na direção de Daniel com a espada dupla em suas duas mãos. Já bastava de brincadeira, e era apenas um humano.
E Daniel golpeou para baixo, fincando sua lança dupla no chão para prender a cauda do dragão quando esta bateu. O Sáurio dragão urrou de dor, surpreso e preso de costas para o adversário, sem entender o que estava acontecendo por um instante enquanto Daniel apoiou-se em sua lança para atingir o oponente com os dois pés, separando-o de sua cauda e fazendo-o urrar ainda mais alto, e cair com a cara no chão.
O dragão voltou-se furioso, mas sem conseguir se mover à vontade devido às dores. E Daniel tornou a assumir sua postura de batalha, a lança dupla sob seu braço direito e o esquerdo voltado para frente, perguntando:
_ Tem coragem o bastante para me enfrentar agora?
E enquanto isso...
O iguana parou de rir quando viu Melissa emergir das chamas, quase ilesa. Havia marcas de fuligem em seu rosto, cabelo, roupas, braços e pernas, além de uma cor um pouco mais forte na pele, como se tivesse passado o dia ao sol. Mas ela não estava acabada; usara seu feitiço de impacto como barreira, e complementara a defesa com o bracelete de Dragão de Fogo que Seu Dirceu lhe dera, esperando que absorvesse os excessos do ataque do outro. Felizmente, fora o que acontecera.
Mas o iguana-Sáurio irritou-se, sibilando para ela enquanto as chamas aumentavam ainda mais à sua volta:
_ Humana idiota...! Acha que pode mesmo superar o calor de Sáurio?? Vou mostrar a você o meu poder... Ataque Salamandra!!
Ele levitou um pouco, parecendo que seu corpo inteiro era formado de chamas, e então arremeteu na direção de Melissa como um torpedo.
E a maga negra concentrou-se, pondo o pé esquerdo diante de si como se fosse arremessar algo na criatura. Poderes que ainda tinha... Poderes contidos no bracelete... Que tudo explodisse diante dela, e que impacto, o magnetismo que aprendera na luta em Garland e suas próprias chamas se combinassem com as absorvidas do ataque anterior, formando poder suficiente para repelir aquele inimigo!
_ Escudo Incandescente!!
Seu braço direito moveu-se adiante, e um som de gongo se fez ouvir quando o corpo de chamas do iguana colidiu contra a barreira formada por Melissa. Ela própria não esperava a reação oposta, sendo lançada para trás pela onda do impacto de Sáurio em seu escudo. Mas, para um feitiço criado naquele momento e sob pressão, o efeito fora além do excelente; além de protege-la, arremessou o lagarto na direção por onde viera com o dobro da velocidade, e o iguana chocou-se violentamente contra as árvores da mata mais adiante, suas chamas já extintas e ferindo-se muito.
E enquanto isso...
A serpente sorriu, o cajado apoiado nas duas mãos e curvado sobre seu joelho esquerdo enquanto dizia:
_ Vai morrer aosssss poucosssss, humano, poissss meu veneno gradativamente reduzsssss ssssua forçssssa e visão. Vejamossss quanto maissss dura esssa ssssssua habilidade...!
E investiu novamente num bote, parecendo rápido e brutal demais para o debilitado Laírton.
Mas o Religioso ergueu-se com a mesma agilidade de antes, lançando o cajado da serpente para a esquerda num movimento hábil e atingindo a cabeça da criatura em seguida, num ataque poderoso para a direita.
O corpo serpente de Sáurio voou para o lado, as presas quebradas e sangrando enquanto rolava pelo solo. Procurou levantar-se depressa, imaginando que Laírton aproveitaria sua fraqueza para mata-lo, mas o Religioso estava parado no mesmo lugar onde o atingira, a mesma postura firme, e disse com voz poderosa apesar de ofegante e do suor frio em sua fronte:
_ Traições... de uma serpente... não bastam para eliminar um servo do Senhor, criatura! Até que cumpra minha sina nesta terra... mal algum pode me destruir! Nem o seu... nem o de ninguém!
E enquanto isso...
A tartaruga irrompeu do posto de gasolina, esmurrando a parede para ampliar sua passagem e também para lançar destroços na direção de Zero, que largou a espada e mergulhou no solo, evitando a primeira rocha atirada; com as duas mãos apoiando a pistola, ele atirou na segunda, e na terceira rocha, esvaziando sua pistola. E a tartaruga sorriu, enrolando o corpo e lançando-se novamente contra ele.
Zero abriu o tambor com um movimento rápido, deixando os cartuchos vazios caírem e retirando outros do bolso. A tartaruga se aproximava. Ele empurrou os cartuchos novos no tambor, e fechou-o. A tartaruga se aproximou mais. Zero empunhou a pistola para o alto por um instante, ficando de pé e saltando para trás, sabendo que era tudo ou nada antes de ser atingido... A tartaruga estava a poucos metros...
E ele apontou e abriu fogo, três tiros seqüenciados enquanto voava para trás, e atingia o casco rolante por três vezes.
Desta vez, no entanto, ouviu-se um uivo de dor e um som como tijolos sendo quebrados, enquanto a tartaruga parou de rolar e desfez sua forma esférica, esparramando-se no chão e arrastando sua face contra o capim.
E Zero tombou, rolando para trás e pondo-se de pé, ainda mantendo a pistola apontada para a criatura. Se o casco era resistente o bastante para munição convencional, ao menos ainda podia ser explodido por balas com pólvora. E ele ainda tinha uma para atirar.
Ao mesmo tempo, cinco derrotas e sensações de dor aguda atingiram o Sáurio original, que franziu o rosto e desfez a postura confiante, sem poder compreender ou acreditar no que estava vendo.
_ Como...? Todos eles...?
Christabel lançou-se ao ataque, muito mais veloz e rente ao solo, como se fosse vento sobre a vegetação enquanto um conhecimento se fazia em sua mente para ser analisado posteriormente: sua guarda resistira. Nenhum dos seus fora abatido. Eram tolos, descuidados e tinham muito o que melhorar, mas nenhum tombara. E ela terminaria o que haviam começado.