Monday, March 07, 2005

Oi! ^_^

Então, depois da longa ausência, e finalmente achando um tempinho, vamos seguir enquanto Zero, Christie e companhia peitam o lagarto Sáurio...

Redundante isso, né? 'O lagarto Sáurio'... dãããã...


(...)



Como um só, os seis corpos diferentes de Sáurio escolheram um oponente e lançaram-se ao ataque. Mas, por outro lado, Christabel e os outros reagiram ao mesmo tempo, cada um deles opondo-se a um dos corpos do grande lagarto. Christabel, como no início, confrontara o crocodilo; Zero, depois de disparar duas vezes, recebeu a grande tartaruga com a espada longa; Laírton e a versão serpente do monstro começaram a duelar com cajados, enquanto o dragão avançou sobre Daniel, o iguana sobre Melissa e Sari confrontou o lagarto de crista, também portando uma espada. Rapidamente os duelistas separaram-se, e o clangor de armas tomou a estrada deserta.
Zero imediatamente atirou na tartaruga que veio para si, mas a criatura lançou-se como uma gigantesca rocha redonda, rolando e resistente demais para os dois tiros que teve chance de disparar. Com o monstro próximo demais, e sabendo que se a criatura pudesse alterar a própria direção durante o ataque, sair para o lado não o salvaria, Zero saltou sobre a tartaruga e usou a espada para se apoiar em seu casco, passando sobre o monstro para tombar desajeitadamente do outro lado enquanto a criatura atingia a parede dos fundos do antigo posto de gasolina, demolindo parte dela e entrando na construção.
E ao mesmo tempo...
Laírton e a serpente atacaram e se defenderam com destreza, num duelo de bastões que parecia quase veloz demais para o olho humano acompanhar. Fosse com saltos para evitar golpes nas pernas, curvaturas para evitar os altos ou volteios, nenhum dos dois conseguia abrir a guarda do outro ou atingir ao oponente sem ser atingido também. Travando os bastões, a serpente deu um sorriso sibilado ao Religioso:
_ Precsssssiso admitir, você é bom! Ssssáurio não esssstá acossssstumado a encontrar tamanha desssstrezsssa num humano.
_ Uma vitória é mais gratificante quando o oponente é valoroso – Laírton cumprimentou com um aceno de cabeça – É uma honra enfrenta-lo.
_ Sssó lamento... que vá terminar tão rápido!
Sem aviso, a cabeça da serpente deu um bote com seu pescoço longo, mordendo o ombro esquerdo do Religioso com presas afiadas e venenosas, e Laírton livrou-se com um solavanco, ofegando e incapaz de disfarçar a dor.
E ao mesmo tempo...
O iguana estava confrontando a magia de Melissa em aparente igualdade de condições. Estirou seu braço direito na direção da maga negra, que uniu as duas mãos para lançar seu feitiço Bala de Canhão, e uma explosão ruidosa de chamas se fez presente no espaço entre os dois.
O iguana formou para si mesmo uma juba de chamas, voltando ambas as mãos para Melissa e disparando duas rajadas de fogo ao mesmo tempo, e uma terceira de suas mandíbulas. A maga negra viu-se pega de surpresa; com seu próprio poder, talvez não conseguisse resistir àquilo. Pressionada, ela formou uma esfera com magia de impacto em sua mão direita e a estendeu adiante, enquanto as chamas explodiram sobre ela.
E ao mesmo tempo...
A espada dupla do dragão aparentemente encontrara um rival à altura na lança de Daniel, que continha ataques com movimentos giratórios para depois lançar-se ao ataque com habilidade. Como Sari deduzira, a velocidade sobre-humana do Sáurio original fora muito dividida com a Multiplicação, e embora Daniel ainda fosse um novato da fortaleza de Melk, era um guerreiro satisfatório para aquele duelo, e seus pés e braços podiam se bater em igualdade com os do dragão.
Mas o réptil também tinha uma cauda, que chicoteou quando Daniel investiu pela frente, travando seu movimento e derrubando-o. E o rapaz mal tombara, surpreso, quando o dragão terminou seu giro de corpo e cravou a espada dupla para baixo.
E ao mesmo tempo...
Sari encontrara o lagarto de crista com sua espada, atacando e defendendo à esquerda, direita e esquerda novamente. O outro então varreu à frente com sua perna, tentando derruba-la.
E a caçadora saltou para trás, agitando a mão esquerda para diante enquanto lançava dardos de metal. O réptil parecera surpreso demais para bloquear o ataque com sua lâmina, mas nenhum dos projéteis de Sari conseguiu atingi-lo, centelhando com eletricidade na iminência de perfurar seu tórax. E com a espada em posição sobre sua cabeça e a mão esquerda na direção do oponente, Sari analisou o acontecido:
_ Barreira de eletricidade natural...!
_ Heh... que pena! – o réptil sorriu, com uma língua bifurcada mal contida na boca – Queria me divertir mais um pouco antes que tentasse me atingir com sua espada, e morresse do choque... Não pensei que descobriria dessa maneira. Mas, agora, sabe que não tem como me atingir! Não sem morrer eletrocutada, claro.
Sari manteve-se imóvel, como se ponderasse o melhor curso de ação a tomar. E o lagarto aproveitou sua imobilidade para lançar-se ao ataque, num bote veloz com a espada.
E enquanto isso, de alguma forma, parecia a Christabel que seu oponente ficara mais ágil após a divisão; se dissera a verdade, ele devia ter o poder próprio e de mais um oponente dentro de si; vencera sete vezes, e se dividira em seis seres diferentes, afinal.
Agora estava sendo obrigada a dividir seus bloqueios de espada com recuos, e cancelar o próprio peso não lhe dava vantagem extra na luta, já que o outro a atacava com golpes amplos de sua lâmina, a cauda longa e a mandíbula. Mais e mais a Rainha recuou, aguardando sua chance de revidar. Não pretendia prolongar a luta mais do que o necessário; aquele lagarto ia morrer.
_ Seus companheiros vão morrer, Rainha Christabel! – Sáurio sibilou deliciado, girando o corpo com sua espada em riste e a cauda batendo, retirando a espada de sua oponente do caminho para então lança-la para trás com a chicotada, e detendo-se com atitude – Sáurio pode dividir sua atenção para todos os duelos, e lidar com cada um de uma maneira; nenhum de vocês sairá daqui vivo!
A expressão da Rainha não demonstrava nada além de irritação por ter sido derrubada; em seu coração, no entanto, havia algo de desapontamento que mesmo ela não poderia perceber naquele momento. Seu mais recente sonho revelara combatentes auxiliando-a, mas um olhar de relance bastara para mostrar que seus atuais companheiros não estavam à altura do serviço, a não ser talvez a caçadora Sari e ela própria. Deveria saber; meros humanos nunca estariam habilitados a confrontar os seres míticos que a perseguiam...