*passando os olhos sobre o arquivo 'Mundiça ^^''*
Tá, acho q já sei. A data tbm não lembro, mas acho q já deu o prazo; então, é uma preocupação nem tão necessária. Vai mais um pouco da Christie e do q começa a rolar sem ela em Melk. Amplexos do Louco!!
(...)
Melk. A noite também seguia, os sentinelas Lucas e Castro em sua vigília sobre a muralha oeste no último turno antes do alvorecer. Seriam rendidos em breve por companheiros, e teriam seu merecido descanso. Lucas bocejou longamente, murmurando sua reclamação pela enésima vez:
_ Se tem a barreira da Rainha pra proteger a gente, ficar aqui de vigia pra quê, poxa...? – esfregou os braços, de costas para a abandonada Torre da Rainha – Devíamos era estar dormindo...!
_ Pára de reclamar, e agüenta garoto – Castro retrucou, de frente para as terras Além da Fronteira e com seu escudo redondo no braço, meio que encobrindo seu tórax – Mestre Zero tinha avisado que a barreira era uma redução, não anulação dos monstros. Alguns ainda podem chegar, e você não vai querer acordar com um deles bafejando no seu pescoço. Fica quieto, e atento.
Castro não deixara de reparar em algo, enquanto Lucas tornou a esfregar os braços, olhando para a Torre da Rainha e depois para os horizontes; como a maioria dos soldados na fortaleza, ele estava chamando Christabel de ‘Rainha’, não de ‘bruxa’, ‘feiticeira’ ou qualquer outro nome pejorativo, como antes era o costume. Mesmo com o que o conselho tinha dito sobre a fuga da Rainha e seus partidários, os soldados pareciam a cada dia respeita-la mais.
“Me pergunto se mais alguém tem andado sonhando por aqui... E se isso é porque temos algum medo de enfrentar os monstros sem ela, ou tem algum outro sentido.”
Ele não se recordava bem do que tinha sonhado, mas sabia que o falecido Capitão Marco estava nele de alguma forma, avisando sobre algo. Lembrava-se também de algo quanto à fortaleza; não lembrava-se do que podia ser, mas recordava claramente a sensação de despertar sentindo que aquelas muralhas, e a barreira da Rainha, não eram defesas eternas. Mais ainda, eram defesas muito vulneráveis recentemente. Vulneráveis demais para um homem de armas experiente como ele se sentir à vontade.
_ Ei, olha lá!
Castro prontamente retirou a bola e corrente de sua cintura, e olhou na direção que Lucas mostrara. Nada, exceto por escuridão indistinta à distância.
_ Olhar o quê, Lucas? A base da montanha?
_ Não... – o outro vigia forçou a vista, cobrindo os olhos da luminosidade da fortaleza – Tá muito longe pra ver, mas parece que eu vi alguma coisa se mexendo lá. Droga, com um pouco de luz agora...
E um clarão róseo surgiu, exatamente atrás deles. Mantendo-se coberto com o escudo, Castro voltou-se para ver o pátio externo de Melk, onde o ar parecia estar ficando rosado a cada vez que uma erupção de magia brotava de pleno ar, em pulsos. Em intervalos de quase dez segundos a princípio, e então mais ritmados, clarões que lembravam pequenas explosões em pleno ar foram se tornando mais e mais freqüentes, e Lucas apenas acabara de desembainhar sua espada, ainda sem saber bem o que podia ser aquilo, quando Castro bradou:
_ Tira essa cara de espanto e vai soar o alarme, garoto! Estamos sendo atacados!
Os pulsos aumentaram ainda mais de intensidade e reduziram seus intervalos enquanto Lucas alcançava o sino de alerta. Em muito pouco tempo, havia um grupo de soldados saindo dos alojamentos e tomando postos no pátio externo de Melk, todos olhando com suspeita para as explosões se formando sobre suas cabeças, e armas em riste.
Um último estrondo surdo quebrou todos os vidros na fortaleza, enquanto um quarteto irrompeu da explosão final; quatro seres humanos, até onde a aura rosada permitia ver, flutuando em pleno ar de costas um para o outro, cada um voltado para um ponto cardeal. Pareciam usar mantos longos e escuros às costas, até que os soldados repararam melhor; os mantos se projetavam de seus braços... nasciam deles! Não eram mantos!
_ Asas... – Castro murmurou – Deus nos proteja... Os monstros alados voltaram...!
Braços abertos em triângulos, para baixo, cabeças baixas e olhos fechados a princípio, quatro Arcanos pairaram girando lentamente sobre a fortaleza de Melk por um longo momento, no qual todos pareciam ter suspendido a respiração. E então, eles abriram os olhos, vermelhos. Três deles desconhecidos, um que já estivera ali duas vezes.
_ Vão.
Ao comando de Ahl-Tur, os Arcanos se espalharam, três tomando a direção dos soldados e o quarto, o próprio Mestre dos Arcanos, dirigiu-se para a Torre da Rainha. Sentia a influência de Christabel por toda a volta, mas não era um tolo; sabia que ela não estava lá. No entanto, algo mantinha a força dela ali ainda operante, tornando a Fortaleza de Melk um lugar perigoso para ele. Ele ainda não sabia como, mas aquela aura de Christabel interferia em seus poderes. No de seus soldados também, com certeza. Era preciso encontrar o que era, e destruir.
Tark-Esh, o mais jovem dos quatro, estava ansioso por ação. Finalmente o retiro do ‘velho Ahl-Tur’ terminara, e ele estava em condição de lidera-los na investida contra a fortaleza dos humanos; agora, Esh poderia mostrar que tantos preparativos tinham sido desnecessários. Mesmo não sendo indestrutíveis, Arcanos não podiam ser batidos por meros mortais; apenas magos realmente poderosos, como a Rainha Christabel, teriam alguma chance de enfrenta-los. Sorrindo, os apavorantes dentes pontiagudos bem à mostra, ele avançava flutuando rumo ao portão leste para abater os fugitivos e bloquear a rota de fuga dos habitantes de Melk.
Sir-Ydian, o mais antigo dos quatro Arcanos no grupo, trazia consigo a sabedoria da idade. Saber que não podia liderar a expedição, por exemplo, como alguns dos mais jovens queriam. Ahl-Tur era mais poderoso, e mais sábio em assuntos dos humanos. O veterano portava uma espada de lâmina larga denteada, semelhante às lâminas em lua dos turcos. Embora também flutuasse a princípio, ele desejava se testar. Era dito que os melhores guerreiros humanos viviam em Melk, e era uma boa oportunidade de praticar, ao mesmo tempo em que cumpria sua parte da missão; reduzir tanto quanto fosse possível as defesas internas de Melk, para que menos soldados humanos pudessem se opor quando a grande onda viesse das terras Além da Fronteira, e tudo fosse posto abaixo.
Kayla, uma das poucas Arcanas existentes nos tempos recentes, poderia até mesmo se passar por uma humana atraente na escuridão; bastava que disfarçasse suas orelhas pontiagudas, os dentes afiados de seu sorriso e suas asas. Naquele momento, no entanto, ela não estava preocupada em ocultar quem realmente era. Sua função ali, ditada por Lorde Ahl-Tur em pessoa, era impedir as tropas de Melk de alcançar o pátio externo, reduzindo o número de soldados em oposição a Ydian e Esh. Não se agradava muito da função de eliminar as fêmeas e filhotes humanos, contudo. Suas duas lâminas bumerangue em forma de meia lua eram para guerreiros, apenas. Não que fosse piedosa; apenas não queria enfrentar criaturas menos capacitadas. Tur aconselhara a não subestimar nenhum humano de Melk, mas Kayla mantinha seu próprio ceticismo até o momento em que eles a fizessem mudar de idéia.
Ahl-Tur penetrou no pátio interno, uma leva de soldados vindo em sua direção apenas para ser jogada para trás por um de seus feitiços de Impacto. Não pretendia perder tempo com eles; sua intenção ali era destruir o ícone de Christabel, que mantinha seu poder ali. Os humanos podiam ficar para os outros monstros. E Kayla, também, que seguiu logo atrás dele e começou a enfrentar os soldados enquanto ele se dirigia para as câmaras inferiores, onde o Amplificador tinha sido colocado.
Sir-Ydian, o mais antigo dos quatro Arcanos no grupo, trazia consigo a sabedoria da idade. Saber que não podia liderar a expedição, por exemplo, como alguns dos mais jovens queriam. Ahl-Tur era mais poderoso, e mais sábio em assuntos dos humanos. O veterano portava uma espada de lâmina larga denteada, semelhante às lâminas em lua dos turcos. Embora também flutuasse a princípio, ele desejava se testar. Era dito que os melhores guerreiros humanos viviam em Melk, e era uma boa oportunidade de praticar, ao mesmo tempo em que cumpria sua parte da missão; reduzir tanto quanto fosse possível as defesas internas de Melk, para que menos soldados humanos pudessem se opor quando a grande onda viesse das terras Além da Fronteira, e tudo fosse posto abaixo.
Kayla, uma das poucas Arcanas existentes nos tempos recentes, poderia até mesmo se passar por uma humana atraente na escuridão; bastava que disfarçasse suas orelhas pontiagudas, os dentes afiados de seu sorriso e suas asas. Naquele momento, no entanto, ela não estava preocupada em ocultar quem realmente era. Sua função ali, ditada por Lorde Ahl-Tur em pessoa, era impedir as tropas de Melk de alcançar o pátio externo, reduzindo o número de soldados em oposição a Ydian e Esh. Não se agradava muito da função de eliminar as fêmeas e filhotes humanos, contudo. Suas duas lâminas bumerangue em forma de meia lua eram para guerreiros, apenas. Não que fosse piedosa; apenas não queria enfrentar criaturas menos capacitadas. Tur aconselhara a não subestimar nenhum humano de Melk, mas Kayla mantinha seu próprio ceticismo até o momento em que eles a fizessem mudar de idéia.
Ahl-Tur penetrou no pátio interno, uma leva de soldados vindo em sua direção apenas para ser jogada para trás por um de seus feitiços de Impacto. Não pretendia perder tempo com eles; sua intenção ali era destruir o ícone de Christabel, que mantinha seu poder ali. Os humanos podiam ficar para os outros monstros. E Kayla, também, que seguiu logo atrás dele e começou a enfrentar os soldados enquanto ele se dirigia para as câmaras inferiores, onde o Amplificador tinha sido colocado.