Sunday, September 19, 2004

Oi Gente! Não é o Ely Corrêa, mas é o Louco!! É o Louco!!! ^^

Bem, já q colocamos o Zero em apuros... e já q por alguma razão o blog se nega a reconhecer os sinais gráficos... vamos mandar o reforço, é ou não é?

Amplexos do Louco!


(...)


_ Por Melk! Em guarda, malditos!
De uma janela do alto, Daniel de Melk saltou sobre os captores de Zero como se fosse o exército de um homem só, mostrando pela primeira vez sua aptidão em combate. Aterrisou sobre o cavaleiro alto quando este se erguia, tombando-o definitivamente.
Ao mesmo tempo arremessou sua lança dupla na direção do mago negro, surpreendendo-o de tal maneira que o inimigo morreu sem sequer ter tempo de baixar o braço que mantinha Zero prisioneiro.
Antes de sentir qualquer alívio, no entanto, o mecânico sabia estar uma fração de segundos atrasado em relação aos arqueiros que o mantinham sob mira, agora tendo chegado à entrada do beco. E sendo dois, pegariam também Daniel.
Mas Melissa também estava lá, e no momento em que seu namorado começara a investida e os arqueiros fizeram mira, ela atingiu a ambos com seu feitiço Bala de Canhão, lançando-os para o lado de arcos e flechas quebrados e seriamente feridos, além de ter posto fogo nas roupas de um deles. Quando Zero voltou-se para eles, os atacantes já estavam fora de combate, e quem ele encontrou foi sua amiga aparecendo na entrada do beco e perguntando:
_ Zero, você está bem?
_ Agora que vocês chegaram... ótimo, irmãzinha – ele sorriu – Deu trabalho reconhecer meu sinal?
_ Quem mais dispararia uma arma de fogo nesta cidade? – Daniel sorriu, recolhendo a própria arma – Dois tiros; viemos o mais rápido possível. Estes homens eram...?
_ Acho que sim, Dan – Zero fez uma carranca – De que outro lugar do mundo você conhece gente que me chama de ‘Mestre Zero’? Me matar tudo bem, mas isso já é sacanagem, pô...!
_ Ai, Zero – Melissa estapeou a cabeça do amigo, o ar aborrecido em sua expressão mais parecendo o de uma irmã mais velha – Pára de falar besteira!
Um som próximo de corda sendo esticada chamou a atenção de Zero e Daniel, que prontamente se voltaram na direção dele, e enquanto o jovem cavaleiro de Melk puxou Melissa para si, colocando-se entre ela e a origem do som, Zero rodopiou para a esquerda e tornou a empunhar a pistola, e enquanto a flecha desceu entre eles, o rapaz encontrou a fonte do som numa janela do outro lado da rua. O arqueiro de Melk estava lá, usando uma brecha quebrada no vidro para atacar.
No breve espaço em que o outro levou a mão às costas para pegar outra flecha, Zero disparou diretamente no vidro, não atingindo o arqueiro entre os olhos de propósito. A idéia era feri-lo com os estilhaços da janela, e a julgar pelo grito que ouviram, dera certo. Mas, ocupado com este inimigo, Zero deixou de reparar no segundo mago negro que surgiu do outro lado do beco.
Quem o viu foi Melissa, que se livrou da mão de Daniel e se colocou entre os dois amigos e o oponente, sabendo que o mago teria chances de lançar seu feitiço primeiro, por chegar de surpresa. E assim foi, uma Aura Magnética arrancando pregos das paredes de madeira dos casebres à volta deles e lançando-os contra ela como uma saraivada das balas de Zero. Sem tempo para um feitiço de defesa, ela uniu suas duas mãos e deixou a direita à frente, palmas abertas e unidas enquanto ela pareceu a Daniel estar pedindo aos petardos que parassem.
Zero não falava à toa das habilidades de seu pai. Quando preparara aquela Braçadeira Defensiva para a amiga maga de seu filho, Seu Dirceu não poupara capricho. A configuração de lascas de Jóias Dragão de Fogo, em pares paralelos desiguais, mais o metal moldado como belas ondas espirais, tinha a propriedade de conter um feitiço usado em sua direção. Sendo um artefato pequeno, Mestre Dirceu não pudera fazer com que armazenasse mais poder do que aquilo, mas a idéia era dar à sua usuária uma pequena vantagem, ao surpreender o oponente. E isso, a braçadeira fizera muito bem.
O mago negro ficou aparvalhado ao ver sua Aura Magnética deter-se diante das palmas da moça, e os pregos e farpas de metal tombarem na poeira antes de causar qualquer dano. Ela não tivera tempo para um feitiço de defesa! Não tivera...! Foram os últimos pensamentos em sua mente, antes de ser atirado para trás por um feitiço Cinese de Melissa, uma onda de movimento de magia que deslocava seu alvo subitamente como se atropelado por cavalos ou algo semelhante. Tão subitamente quanto começara, a segunda investida de inimigos terminara.
Zero, Melissa e Daniel estavam próximos um ao outro, por via das dúvidas, cada um com as costas nas do colega, protegendo os arredores. Zero mantinha espada e pistola em mãos, Daniel empunhava a lança dupla com ambas as mãos e Melissa estava pronta para usar sua braçadeira novamente, se necessário. Mas, embora tenham se mantido quietos por um longo instante, tudo estava quieto.
_ E então? – murmurou Daniel, ainda tenso – Acham que terminou?
_ Ao menos por enquanto, acho que sim – Zero guardou a espada, mantendo a pistola diante de si por mais algum tempo como precaução – Esse é um lugar pequeno, não ia dar pra deixarem muita gente de espia aqui.
_ Esses magos, Dan – Melissa perguntou, olhando para a Braçadeira Defensiva e perguntando a si mesma se conseguiria aprender aquele feitiço magnético – Não me lembro de ter visto ninguém com conhecimento de magia em Melk...
_ Não temos magos lá, de fato – Daniel confirmou, guardando sua lança – Desde os tempos de Kane e Reiko, pelo menos. Quando Christabel retornou ao poder, nenhum usuário de magia pôde ficar na fortaleza. Claro, magia negra, pelo menos. Tínhamos o Irmão Cristóvão, mas...
_ O que quer dizer, Li, que esses caras são contratados – Zero comentou, baixando a arma – Nenhum da fortaleza, acho. Isso deve ser coisa de uma minoria, já que muitos dos Guerreiros de Melk são iguais ao nosso amigo Daniel; não armariam uma cilada desse tipo, certo Dan?
_ Verdade, Zero – Daniel olhou para o cavaleiro tombado com algo semelhante a asco no rosto – Ciladas, ataques traiçoeiros... Não, não acredito que qualquer um de meus companheiros...Desta vez foi Melissa quem percebeu primeiro, embora logo a sensação de aflição e o silêncio brusco que parecera envolver a tudo tivessem chamado a atenção de todos. Num impulso o trio correu para a rua principal, e perceberam que ainda havia um homem lá, de pé e sozinho, do outro lado dela.

Saturday, September 11, 2004

Eita, demorei de novo... ah, chega de desculpa esfarrapada, né?

Olá, gente. Louco, relapso e meio devagar, mas ainda o autor e único ouvinte daqui da área postando uma nova vez.
Vamos colocar Zero numa fria dessa vez...? ^^
Amplexos!!
(...)

No mesmo movimento de mergulhar ao chão, Zero sacou a pistola e apontou para onde ouvira o som, e seu disparo espocou na parede, fazendo-o praguejar. Estava precisando de mais prática de tiro.

O movimento de rolar e ficar de pé fez com que Zero percebesse mais dois atiradores, em pontos diferentes. Havia uma sombra num telhado à sua direita quando se voltou, e um outro ficaria às suas costas.
Cercado por três pontos, com três tiros. Tinha o bastante para atingi-los, e mais nos bolsos, mas era sensato o bastante para saber que não o faria sem que o atingissem. Precisava de cobertura.

Pensou tudo aquilo num segundo. No instante seguinte, enquanto ouvia mais sons de cordas sendo liberadas, Zero saltou para a esquerda e girou no ar, deixando duas flechas passarem onde antes estavam sua coluna vertebral e seu olho direito. Bons atiradores.
E seu giro no ar deu-lhe um segundo para encontrar o atirador às suas costas com sua pistola. Sorriu. Ao menos, um. E disparou.

Zero ainda rolava para trás da parede à sua esquerda quando o arqueiro que estivera às suas costas finalmente bateu no solo. Mas o escavador já procurava por outros alvos, imaginando que dificilmente seus perseguidores se limitariam a três arqueiros furtivos. Aquela cidade, por desanimada e quieta que fosse, também era um bom lugar para uma cilada, porque não havia grandes forças policiais para protege-la. Talvez uma pequena milícia para confusões de taverna, mas duelos entre guerreiros e arqueiros deviam acontecer com freqüência demais para que verificassem tudo. Por isso, também, ele preferira não arriscar Christabel. Ela chamava atenção demais sozinha.

Som de passos apressados à sua direita, no beco que lhe servia de proteção, e foi só a conta de mudar a pistola da mão direita para a esquerda e sacar sua espada, Zero deparou com um espadachim enorme de arma em punho e pronto para golpeá-lo.
Mal tivera tempo de livrar o próprio crânio de um talho, protegendo-se com sua própria lâmina.
Mas o outro era imenso e muito mais forte que ele, a ponto de lança-lo deitado ao chão com o impacto.

Batendo de costas no chão poeirento, Zero praguejou novamente. Não ia ganhar daquele mastodonte sem usar as duas mãos, e não tinha tempo de guardar a pistola. E também não tinha tempo de apontar para ele e disparar; próximo demais.
O gigante golpeou de cima para baixo outra vez, e Zero rolou para a esquerda, desviando e batendo na espada do outro com a sua própria no movimento.

A espada do cavaleiro caiu com estrépito no chão, e ele pareceu surpreso.
Nesse meio tempo, Zero se pôs de pé, e o outro abaixou-se para recuperar a arma, dando ao mecânico a chance para chutar seu rosto. Não o golpe mais honrado de sua vida, talvez, mas estava em menor número e acuado; não era hora para sutilezas.

Foi subitamente levitado então, como costumava acontecer na magia de Melissa. Desta vez, no entanto, seus braços estavam voltados para o alto, e Zero tornou a praguejar. Não podia atirar no mago responsável por aquilo, nem se defender de forma alguma.

_ Pendurado igual carne de açougue...! Praga!

_ Sem mais problemas agora, escavador – um homem de capuz e manto escuros se aproximou, a mão direita estendida para o alto em sua direção; obviamente, o mago que o pegara desprevenido – Você já deu muito trabalho, e o único motivo pra não ter morrido ainda...

_ ... é os seus arqueiros não conseguirem acertar nem uma parede de mansão a cinco metros de distância – Zero completou com ar cansado – Não fosse pela mira deles, eu já ia estar a caminho do além.

_ Ainda pode ser providenciado, maldito – o cavaleiro alto rosnou, sangue escorrendo da boca onde Zero o chutara. Mas o mago parecia estar mais calmo.

_ Não se engane, rapaz. Você vai morrer. Se não quer sofrer demais, é melhor parar de nos dar trabalho e dizer onde foi que escondeu a bruxa.

_ Vai se danar. Você é bruxo, também.

O cavaleiro imediatamente esmurrou Zero no estômago, e tudo ficou turvo para o mecânico enquanto ele procurava respirar.

_ Respeito, Mestre Zero – o mago retrucou – Última chance; diga onde está Christabel agora, e pode morrer depressa. Ou então...

_ Ou então, seu colega aqui vai cuspir mais dentes – e antes que qualquer um pudesse esboçar reação, Zero aproveitou-se da suspensão que o mago negro estava lhe dando e chutou o cavaleiro alto no rosto com a força das duas pernas, um verdadeiro coice de mula.

A reação fora planejada; não tinha como interromper a concentração do mago, então pretendia irritar o cavaleiro para que acabasse com ele depressa. E a julgar pela fisionomia dele ao rolar pela poeira, conseguira seu objetivo.