Thursday, May 26, 2005

Brasileiros e Brasileiras...!

Opa, discurso errado...

Então, né gente... Vcs viram o q aconteceu da última vez, imagino. Seu amigo cabeça oca aqui não reparou q o último post ficou um pouquinho falho, sem sequer completar a última palavra. Isso me leva a ter q corrigir isso agora.

Enquanto tento descobrir o q saiu errado (provavelmente o mouse; tá escapando quando eu tento arrastar e mover), espero q vcs me desculpem pela última mancada, e q continuem acompanhando a Christie. Ah, é, e q estejam gostando de ler tanto quanto eu gosto de escrever. Já tá bom ^^

Amplexos do Louco!

(...)



Ele rolou sobre si mesmo novamente, como já fizera várias vezes naquela tarde e ainda faria outro tanto de vezes. Estava incapacitado, e provavelmente ainda deveria agradecer pela presença de Christabel nos arredores, pois seus potenciais inimigos deviam ter suas atenções voltadas para ela, também. Nenhum se preocuparia em procura-lo, ele presumia, até que estivesse refeito. Isso certamente salvaria sua vida... pois ele entraria em hibernação por alguns dias, até que o corpo se curasse da perda. E enquanto mergulhava na abençoada inconsciência, ele jurou novamente não perder mais corpo algum para a Rainha e seus acompanhantes. Não poderia se permitir passar por tudo aquilo de novo. Quando conseguia um novo dom, ele deleitava-se nas novas habilidades por quase um dia inteiro, num tipo de frenesi. Aquilo era o oposto; um vazio, uma sensação terrível, como se algo de seu corpo tivesse sido amputado para nunca mais regressar. Não queria passar por aquilo novamente.
“N-não passarei... Nunca mais...! Maldita Christabel...”
Durante aquela tarde, os viajantes procuraram se recuperar como fosse possível. Laírton aceitara o antídoto para venenos do estojo de primeiros-socorros, mas depois se afastara, procurando por um descampado.
_ O veneno... da criatura... f-forte demais – Laírton murmurou enquanto se afastava – P-preciso... fazer minha própria cura... e expulsar o que resta a meu modo.
_ Mas Laírton...
_ Espere, Zero – Sari o conteve – Laírton é um Religioso, dotado nas artes da cura. Ele deve ter seus próprios meios, melhores do que os nossos, para lidar com o problema do veneno. Ao invés de perturba-lo, é mais prático cuidar dos detalhes de nossa partida.
_ Você também tá pensando no que a Christie falou do calango-lango voltar, Sari?
_ Ou outros perseguidores, Zero – ela parecia séria, olhando ao redor como se outra criatura fosse surgir a qualquer momento – Não é seguro ficarmos parados em lugar algum.
_ Tá, também acho... mas não podemos sair agora – ele voltou-se para onde Christabel dormia, sobre o colchão improvisado com os cobertores que levavam – A Christie ainda tá dormindo, a Li continua cansada demais pra montar... e não é muito seguro pro Laírton, também. A cidade mais próxima daqui tá fácil de alcançar, mas o veneno...
_ Você... se preocupa muito com ela, não?
Algo na voz de Sari fez com que Zero se voltasse para ela. A fisionomia da caçadora parecia entristecida, e seu olhar para ele parecia perguntar algo mais.
_ Hein...? Digo, claro que me preocupo! Quero dizer, a Christie se faz de durona, e tal e coisa, mas aquele cara tacou um raio nela! De tiara e tudo! E tem a Li, também; tá exausta, depois de lutar com o bicho de fogo, lá. O Daniel vai tomar conta, claro, mas...
_ Acho... que sabe do que estou falando, Zero.
Ele baixou os olhos por um longo instante e então sorriu, dando de ombros. Sari suspirou. Zero sempre escondia seus pensamentos por trás de um sorriso, e já era sinal de que não falaria mais a respeito. Ela podia aceitar isso, por ora. Ao invés de prosseguir, ela perguntou:
_ Tem alguma idéia do que fazer? Não podemos ficar acampados aqui por muito tempo; Melissa e Christabel podem se recuperar, mas seria melhor que tratássemos de Laírton em uma clínica.
_ Tem uma cidade não muito longe daqui, Tria, que podemos alcançar com pouco mais de meia hora de viagem. Mas, não vai ser bom só por causa do Laírton, não; a gente descansa melhor num hotel ou estalagem, e depois da briga de hoje, vamos precisar de sono de verdade. Parece meio estranho dar um descanso completo quase às portas da Cidade Sucata, mas a gente não pode facilitar com aquele calango à solta por aí.
Laírton, enquanto isso, estava ocupado com sua cura. Cercara a si mesmo num círculo feito de ervas especiais e material inflamável abaixo da proteção do pátio externo do posto abandonado. Era a única área descampada ampla o bastante que encontrara por ali, e não estava em condições de caminhar para muito longe para procurar mais. Sem camisa ou o crucifixo, com o cajado no solo diante de si e as duas mãos abertas, de palmas voltadas para baixo, tremendo levemente. O antídoto dado a ele estava fazendo efeito, claro, mas o veneno era muito forte. Talvez não fosse possível elimina-lo apenas por meio de medicina, e ele começou a orar.
_ Agora rogo ao Senhor por auxílio. Muito bem, eu admito; baixei minha guarda. Já me avisou antes, eu sei, sobre não ser cortês demais quando se luta. Acredite, pretendo me punir duramente por tamanha tolice... mas, a menos que me auxilie a tirar a peçonha do meu corpo, talvez precise terminar minha penitência diante do Senhor. Se for essa Sua vontade, então que seja; poderemos conversar muito até o final dessa tarde, e cara a cara. Mas... me pareceu que o Senhor me colocou no caminho da jovem Rainha para ser um de seus protetores, e se assim é, preciso que me ajude a eliminar o veneno do meu corpo.
(É preciso que se diga, um dos motivos de discordância entre Laírton e seus superiores era sua forma irreverente de orar. Os Religiosos eram como antigos shamans em certos aspectos, contando com um único Deus, mas pedindo que Ele os curasse por meio de Sua criação, rogando para que os poderes da natureza e dos elementos se manifestassem para auxilia-los. Laírton, no entanto, não aprovava as orações seculares que haviam resistido a tudo; ele insistia que o Altíssimo era a encarnação de tudo o que havia de melhor, e para ele, ‘o melhor’ incluía amizade, e ele nunca falaria com um amigo por meio de frases ditadas por outros. Ao invés disso, ele conversava com o Senhor como se ambos fossem velhos amigos – o que ele afirmava ser verdade – e nem sempre parecia muito cortês, ou servil. Era o tipo de atitude que a Ordem dos Religiosos não podia aceitar, não se pretendiam transmitir confiabilidade e solenidade onde pregassem. E, justiça fosse feita, por irregular que fosse, a forma de Laírton orar surtia tanto efeito quanto a de qualquer um de seus Irmãos. Em certas ocasiões, parecia até mais efetiva)
O círculo inflamável acendeu-se, aparentemente sem razão, e as palmas das mãos do Religioso se encontraram enquanto ele orava, agora de olhos fechados, parecendo entoar uma canção antiga e numa língua extinta. As chamas aumentaram gradativamente, bem como o calor dentro do círculo, e seu corpo inteiro começou a suar.
Os olhos fechados de Laírton contraíram-se um pouco, o semblante franzido como se estivesse sentindo dor. Sua respiração ficou ofegante, as mãos tremiam e sua voz pareceu vacilar, mas ele prosseguiu entoando. O veneno começara a deixar seu corpo, mas ele ainda podia sentir a vontade da criatura que o ferira; num nível espiritual, era como se o veneno estivesse lutando para permanecer em seu organismo, inalterado. E, se vencesse, Laírton perderia. Seu coração acelerou a pulsação, e sua cabeça caiu sobre o peito, o ar parecendo ter sido roubado dele.
Ergueu seus olhos, avistando as chamas altas à sua volta. Dali, ele tiraria forças. Da clareza do fogo, que purificava o espírito, ele recuperaria a pureza do seu sangue, seu organismo. O suor escorria por todos os seus poros, e Laírton quase pôde sentir garras afiadas prenderem-se em seu peito, como se apertassem seu coração. Engoliu em seco. Ao que parecia a serpente fora muito sutil, e sua luta estava tendo uma prorrogação. As suas mãos tremiam, e ele sentiu a tentação de se entregar. Aquela dor pararia, e isso parecia uma idéia maravilhosa; era como se estivesse suando ácido.
Mas, ele quase podia ver o semblante do Senhor, olhando desapontado para ele. Não irritado; na mente de Laírton, ‘irritação’ era um trejeito humano que o Senhor não fazia qualquer questão de adaptar. Mas decepção parecia inevitável, ainda mais se ele quisesse fugir de seus deveres. Era ele o representante escolhido para acompanhar a Rainha Christabel até onde lhe fosse possível em sua viagem, e se tivera forças para completar a batalha anterior, era de se esperar que fosse competente o bastante para transcender àquela dor. Não tinha o direito de se deixar derrotar ainda; precisava terminar o que começara, como pudesse. Se não pudera vence-lo frente à frente, aquela serpente não iria mata-lo à distância. E ele então sentiu um gosto terrível na boca, quando o círculo de chamas explodiu.
Zero, Sari e Daniel vieram imediatamente à porta, prontos para o que fosse ao ouvir o som de explosão. Zero trazia a pistola em mãos, Sari tinha três dardos de metal na mão direita e Daniel tinha a mão direita sobre a lança. Mas tudo o que viram era o círculo extinto e marcado no que fora o pavimento do posto, e Laírton tombado dentro dele, enquanto uma fumaça densa subia. O trio se aproximou preocupadamente, para ver o Religioso erguer-se devagar, com um sorriso exausto no rosto.
_ P-por quê tanta... agitação, vocês? P-parece que viram... algo estranho...!
_ Laírton, você tá bem? – Zero perguntou, aproximando-se do amigo e com a arma ainda em mãos, procurando nos arredores – O que aconteceu, alguém te atacou?
_ N-nada para se preocupar... amigo Zero – Laírton penosamente colocou-se de pé, e então todos repararam que as marcas de mordida em seu ombro estavam reduzidas aos furos das presas da serpente. O inchaço e a cor roxa que se espalhava haviam desaparecido totalmente – E-eu apenas estou... um pouco enfraquecido. Aquele veneno miserável não queria sair.
_ Não queria? Do que está...? – Daniel começou a perguntar, mas Sari tocou seu ombro e apontou para o pátio pavimentado onde Laírton estivera deitado; trechos irregulares dele pareciam recentemente arruinados, como se algo corrosivo tivesse caído sobre o asfalto. E boa parte dos trechos derretidos pareciam ter a largura e comprimento das costas e braços do Religioso.
Em outro lugar, Christabel tinha visões terríveis. De certa forma, era o que ela sempre soubera que aconteceria, e o que lutara a vida inteira para impedir.
Melk estava em chamas. Sua fortaleza, seu lar, o reino que havia sido de seus pais... tombara. Pessoas corriam em pânico, chamas altas consumiam as paredes, e ela sentia algo terrível crescer entre as paredes; era como uma maré maligna se espalhando pelo ar, uma vontade escura curiosamente familiar assomando em cada corredor e passagem da fortaleza, enquanto os humanos eram enxotados por monstros terríveis, e formas aladas assustadoras flutuavam sobre o pátio interno como arautos da destruição. Longe de sua irritação ou desapontamento pelos que a tinham expulsado, Christabel estava ansiosa por agir, para impedir aquilo. Mas então olhou para si mesma, e notou que um anel metálico indestrutível estava atado em seu corpo, forçando seus braços para baixo. Seus tornozelos estavam atados da mesma maneira, e a Rainha soube que estava encurralada. Os portões de Melk tinham sido destruídos, e não havia fuga para ela.
Olhou para o alto. Os anjos negros estavam flutuando lentamente em sua direção, e parecia haver uma presença mais perigosa por trás deles. Tão difícil ver...! A única coisa que Christabel conseguia sentir com certeza era que não havia qualquer fuga. Não sabia o que houvera com seus companheiros, mas pareciam tão distantes, tudo parecia tão inútil...! Ela tornou a erguer seus olhos, e aqueles aterradores olhos luminosos em meio à escuridão cresceram mais e mais enquanto se aproximavam, e a música terrível parecia mais alta em seus ouvidos.
_ Christie! Christabel, eu tô aqui!
Ela levantou-se num sobressalto, e onde sua tiara tocava sua pele, a Rainha sentiu uma dor abrasadora. Zero estava ajoelhado ao lado dela, segurando-a pelos ombros e parecendo muito preocupado.
_ Opa, calma menina! Tá tudo bem, tudo bem... Estamos com você, fica tranqüila. Você tá entre amigos aqui.
Os olhos cinzentos de Christabel pareciam entristecidos e chocados, vestígios do sono, e Zero sentiu uma pontada em seu peito, sabendo que daria qualquer coisa que tinha para trazer de volta ao rosto da Rainha a expressão altiva e arrogante de sempre; qualquer coisa que afastasse dela aquele temor, ainda que por um instante. Ele percebeu apenas vagamente que, naquele instante, não era consolo algum que ela parecesse ser realmente apenas uma moça comum.
_ O fogo... Os anjos negros... Aquela visão sombria...!
_ Não sei onde você tava agora a pouco, Chris, mas acabou. Era só um sonho ruim, só uma besteira. Tá bom? Estamos aqui com você.
_ Não... Você não entende... Eu vi acontecer! Todo aquele fogo, aquela presença, crescendo por toda a parte...!
_ Pssssshhh, quieta – Zero pediu, afagando os cabelos dela carinhosamente e com olhar gentil – Eu acho que não entendo, mesmo; se quiser, mais tarde me fala a respeito, e prometo que vou te dar toda a atenção. Mas agora, Christie, não vai fazer bem ficar pensando nisso. Deixa isso passar; não vai adiantar nada pensar no que você viu agora.
Christabel olhou para ele, os olhos ainda com a mesma expressão alarmada de quando despertara, mas a respiração parecendo voltar ao normal aos poucos. Baixou sua cabeça, lutando para se recuperar. Zero tinha razão, afinal; não lhe adiantava muito ficar tão atemorizada por algo que aos poucos fugia de suas lembranças. Não fora muito claro, e parecia ficar mais difícil de se recordar a cada segundo passado; obviamente, efeito da maldita tiara, também. Ela olhou em volta, reparando que nem Daniel e Melissa nem qualquer um dos outros estavam ali, e que a tarde parecia já estar adiantada. Estava sozinha ali dentro com Zero, e então afastou-se dele, sentindo um espasmo leve de dor correr por sua mente. A tiara de novo.
_ O q-que... veio fazer aqui? E... o que aconteceu comigo?
_ Você desmaiou um pouco depois da luta – Zero sentou-se no chão, suspirando de alívio. Se já estava tão anti-social, Christabel devia estar melhor – Ficamos acampados aqui no posto por um tempinho, pra você, o Laírton e Melissa se recuperarem, mas precisamos ir andando. Tá ficando escuro, e ainda temos uma certa distância a percorrer antes de chegar em Tria.
_ Tria...? – ela olhou para ele com desconfiança – Não estávamos indo para a Cidade Sucata?
_ E estamos, sim. Mas não vai dar pra chegar lá antes da noite cair, e de acordo com Laírton, vamos ficar em mais segurança se estivermos numa cidade. Então, a idéia é descansarmos um pouco lá e resumirmos a viagem na manhã seguinte, bem cedo. Até porque, tamos precisando de um descanso mais adequado. Você, a Li e o Laírton principalmente. E eles tão terminando de preparar os bichos pra nossa partida. Acha que tá pronta pra cair na estrada, Christie?
Ao invés de responder, Christabel se colocou de pé num salto. Estava disposta a mostrar que estava refeita, e dispensava tanto cuidado, embora isso fosse mais atitude que realidade; forçara demais os limites de seu corpo ainda não habituado à contenção da tiara, e parecia que mesmo aquele sonho drenara algo de sua força. Odiava-se por estar tão debilitada. Com toda a sua vontade, Christabel manteve-se firme e retrucou, satisfeita em notar que sua espada continuava com ela:
_ Estou bem o suficiente para chegar à Cidade Sucata, ainda que tenhamos que cavalgar a noite inteira para isso, Mestre Zero. E eu gostaria que parasse de me tratar como criança.
O sorriso de Zero, sentado no chão e olhando para ela, tanto poderia ser de alívio por vê-la refeita como para disfarçar que sabia que ela estava mentindo. Ao invés, ele meramente se colocou de pé, também, e inclinou a cabeça para ela.
_ Eu prometo tentar, Alteza. E, mesmo que esteja refeita, você não é a única precisando de cuidados. Nossos outros colegas, menos resistentes que a Rainha, ainda vão precisar de descanso, e é por isso que vamos pra Tria do mesmo jeito. E acredito que a grandiosa Christabel pode ser generosa o bastante pra conceder à sua guarda um descanso merecido, não? Afinal, é dito que generosidade é uma característica das grandes rainhas.
Ela olhou para ele com ar cético. Já devia conhece-la o bastante para saber que ela não costumava ser ‘generosa’ assim. Mas deu de ombros.
_ Faça como quiser. Mas não vamos permanecer lá mais do que o necessário.
_ Palavra de mecânico – ele sorriu – Na manhã seguinte, antes do sol nascer, se quiser, nós partimos pra Cidade Sucata. E não paramos mais, a não ser que aquele calangão apareça e a gente precise dar um fim nele de novo.
Christabel ficou olhando em silêncio enquanto Zero, depois de uma rápida reverência (que ela não sabia se deveria ver como um sinal de respeito ou deboche), a deixou sozinha. Havia vários pensamentos circulando em sua mente naquele instante, mesclando confusão com o sonho que tentava recordar e apenas parecia esquecer mais a cada esforço... tristeza, um fantasma sombrio que não desaparecia, vindo de algo que não conseguia recordar sobre o que sonhara... e, algo mais...?
Zero fora gentil com ela. Não a contradissera, ao contrário: se oferecera para ouvir a explicação dela quanto ao que sonhara, e porquê não era apenas algo de sua imaginação. Mesmo que apenas tivesse sido dito para que ela deixasse de se preocupar... fora gentil de sua parte. E ela não conseguia disfarçar para si mesma que não ficara mais aliviada ao vê-lo do lado dela quando despertara, em segurança, ao invés de... como quer que estivesse durante o sonho.
Ela sacudiu a cabeça baixa. Estavam perdendo tempo ali.

Friday, May 13, 2005

Fala galera! Vamos começar o último capítulo de mais esse bloco, q tinha o nome 'Fora dos Muros'. Sim, Christie e companhia tão divididos em 'blocos' de história, e tem mais dois depois desses q vcs (supostamente) tão lendo.

Na verdade, pra alguma coisa serviu essa minha morosidade pra postar. Me deu tempo pra passar por um pusta bloqueio... >_<' Quase n ão continuava mais... Anyway, amplexos do Louco, e vamos ler!!!

XVI – Sob a Luz do Luar


Em um planalto que sobrevivera aos tempos das Grandes Mudanças, a vegetação crescera alta e descontrolada. Seres humanos deixaram de vagar por ali já havia um bom tempo, e mesmo a maioria dos animais de pasto haviam deixado de freqüentar o local quando os desaparecimentos estranhos começaram a se dar. Por tudo e por nada, rumores sobre um ‘bicho-papão’ que se alimentava de qualquer animal perdido por ali haviam se espalhado por toda a região, até que o planalto ficasse como morada de vegetação e animais de pequeno porte.
E também de um único predador de maior porte. As lendas não eram sem fundamento, de todo. No início das desaparições, alguns caçadores humanos com rifles tentaram rastrear a criatura, mas por mais que vasculhassem arbustos e morros, não eram capazes de localizar onde o predador poderia estar. Afinal, Sáurio fora cauteloso o bastante para, em sua juventude, encontrar para si aquela gruta escondida abaixo do nível do solo, cuja única entrada era através de rochas que ele empilhara. O tempo passara, a entrada fora completamente tomada pela vegetação e era totalmente segura. E isso era muito conveniente para ele naquele momento.
Pudera viajar de volta ao seu lar com velocidade exemplar, apesar da perda de um sétimo de seu poder e dos ferimentos que seus outros corpos haviam sofrido; o casco quebrado da tartaruga, a cauda do dragão, as presas da serpente... A reunião com o corpo principal sanaria todos aqueles males, mas os ferimentos se tornavam de um só, bem como as dores resultantes deles, todos de uma vez. Ele estava enfraquecido, muito mais do que sequer sonharia possível quando desafiara aquela humana.
_ Christabel...!
Estava tombado no solo, a mão direita apertando novament

Saturday, May 07, 2005

Olá gente blogueira! Ainda tem alguém aí q l~e isso? Já teve alguma vez na vida? ^^

Whatever, vamos sair com mais novidade. Tô encalhado na Christie no ponto mais atual, mas pelo menos tenho bastante material pra por no blog. quando chegar no pedaço encalhado de agora (lentamente, mas tamos chegando lá), eu digo pra vcs q era lá.

Amplexos do Louco!


(...)




Num movimento rápido do pulso, Christabel voltou a lâmina de sua espada para seguir o antebraço direito. Sáurio notou a aproximação veloz dela e atacou também, a espada no mesmo movimento de pêndulo para baixo. E a Rainha sentiu a tiara crepitar em sua mente quando forçou-se a utilizar magia e saltou sobre o crocodilo, a espada cintilando de encontro à outra.
_ Lâmina Perseguidora!
Por reflexo, ao ver o brilho da lâmina da Rainha, Sáurio torceu sua espada para baixo e para a direita e afastou sua cabeça para a esquerda, e foi o que o salvou. Christabel subiu em sua direção e passou à sua direita, a lâmina chocando-se contra a de Sáurio e desviando-se com o impacto, mas conseguira cortar a espada do outro na passagem, subindo com precisão suficiente para ainda talhar o lado direito do crânio do lagarto, fazendo-o uivar de dor e apertar o ferimento com as duas mãos, deixando o toco de espada inútil cair ao solo. E Christabel tombou ao solo, rolando e voltando-se para ele com contrariedade no rosto.
_ Maldição... Eu errei.
Desde o acontecido em seus aposentos, a Rainha percebera que magias de cinese e impacto seriam mais simples de manipular, e estivera em treinamento árduo para poder combinar com sua espada o mesmo poder que explodira seu espelho e abrira as portas de seu armário quando os soldados a haviam acuado. Estava certa de que conseguiria romper a espada de Sáurio e cortar-lhe a cabeça com aquele ataque, mas a técnica não estava perfeita ainda, ao que parecia.
Sáurio estava furioso agora; não importava o que acontecesse, iria vingar aquela vergonha! Ainda apertando com as duas mãos o corte sangrento em sua cabeça, ele gritou:
_ Ataque agora! Arco Voltaico!
O réptil que até então enfrentara Sari voltou-se para a forma desafiadora de Christabel e, sem aviso, abriu um leque de sua cabeça e descarregou um relâmpago na direção dela, rápido demais para ser detido por quem quer que fosse. E o raio atingiu a Rainha em cheio, e Zero e seus amigos olharam para ela com medo de que o pior tivesse acontecido.
E sem aviso, um raio reverso saiu de Christabel para o corpo elétrico de Sáurio; era idêntico ao relâmpago que a atingira, mas não era cintilante como um relâmpago comum. Era negro, como se por um instante um rasgo tivesse sido aberto no ar. E este explodiu sobre o lagarto de crista, fulminando-o onde estava e sem tempo nem para gritar. Ao invés, o grito veio dos cinco corpos restantes de Sáurio, um grito profundo e agudo, como apenas os que morrem podem dar.
Os cinco Sáurios restantes tombaram, e os quatro corpos desfizeram-se em vapor amarelado quase que imediatamente. O corpo de crocodilo, pondo-se de pé com dificuldade, tremendo muito, voltou-se para Christabel com ódio e dor no olhar.
_ V-você... Como pôde...? M-meu corpo... Aquela parte de mim... foi destruída!!
Christabel ergueu a espada, apontando-a para Sáurio sem dizer coisa alguma. Não era preciso; ele seria o próximo. Mas Sáurio foi envolto pelos vapores de seus múltiplos, enquanto sua voz murmurada parecia vir de toda a parte:
_ Você me feriu, larva humana... Marcou minha face, e destruiu um dos meus corpos... Um insulto que não vou esquecer, ou perdoar. Na próxima vez em que nos encontrarmos... vai me pagar por isso...!
O vapor começou a desaparecer então, soprado pelo vento, e não havia mais sinal da figura enorme de Sáurio em parte alguma. Christabel olhou a direção na qual o vapor foi soprado, e sabia que poderia encontrar o outro se quisesse. Poderia continuar aquela luta. Mas estava exausta, e sua cabeça doía muito. Seu controle da Lâmina Perseguidora não era ainda tão bom quanto desejava, e fora surpreendida pelo ataque de relâmpago. Não seria sábio continuar, por enquanto.
_ Gente, e aí? Vocês tão bem? Christie, você...
Ela voltou-se para Zero com irritação. Seria possível que precisava mesmo gritar tanto?
_ Como pode ver, Mestre Zero, eu ainda estou viva. Não tem porque se preocupar.
_ Cheguei a pensar que tinha morrido, Christabel – Sari comentou, guardando a própria espada. Mas, longe de se explicar, a Rainha guardou sua própria arma e comentou quase casualmente:
_ Não, mas isso ainda pode acontecer com alguns de nós.
E indicou Laírton, cujo braço esquerdo estava imóvel e sangrava. Passado o perigo, o Religioso caíra e se apoiava num dos joelhos. E Daniel também viu Melissa, sentada ofegante no chão, e foi até ela. Zero e Sari correram para acudir Laírton, que murmurou:
_ E-eu... vou ficar bem... Só preciso... de descanso...
_ E de um antídoto, né? Me dá uma forcinha, Sari, temos que levar ele pra dentro...
_ Não podemos ficar aqui – Christabel retrucou – Se nos encontrou uma vez, Sáurio pode nos encontrar de novo...
_ Vamos ter que arriscar, Christie – Zero cortou – Melissa tá exausta, Laírton tá ferido e...
Christabel talvez ainda quisesse objetar, mas sua visão turvou-se de repente. Manipular a magia de relâmpago que a atacara fora muito mais simples do que manipular sua própria magia, era verdade, mas era um poder enorme e pesado, e ela já consumira boa parte de suas forças rompendo o bloqueio da tiara para usar sua técnica da Lâmina Perseguidora. Sem aviso, ela tombou para frente em meio ao mato. E Zero, surpreso e preocupado, completou:
_ ... e, pelo jeito, você tá de acordo. Laírton, você...?
_ E-eu... posso me apoiar em Sari, Zero. Vá ajudar Sua Alteza.
Ele não precisou de outro aviso. E Sari conduziu Laírton para o posto enquanto Zero ia socorrer Christabel. E a caçadora olhou para ele com alguma contrariedade no rosto.